terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Mulheres perfeccionistas.



Faz exatamente um ano, no dia 24 de Janeiro de 2008 (ok, faltam 4 dias para completar 1 ano :D), eu comprei um livro chamado: Mulheres perfeccionistas - encontrando o caminho do equilíbrio, a autora é Debi Stack; já o havia folheado em uma livraria, quando na mesma ocasião comprei outros livros e encomendei mais um par (sim, sim, já deu pra ver que amooo livros né? Acertou em cheio!) - bommm, continuando...rs, me senti identificada por alguns trechos deste livro e sinceramente após ter lido, me dei conta de que todas as mulheres tem um pézinho no perfeccionismo, umas na ordem e limpeza da casa, outras na arrumação do cabelo, outras na arrumação das roupas, outras na comida, outras no trabalho, outras na organização dos livros e revitas da prateleira e por aí vai... e sinceramente, tem hora que ser TÃO perfeccionista, nos faz perder mais do que ganhar, nos faz sofrer, nos faz ser chatas e neuróticas, nos faz perder momentos bons ao lado do marido e dos filhos ou momentos bons entre amigos, etc. É por isso que quero transcrever algumas passagens deste livro, para quem sabe, você possa se identificar ou buscar onde está a parte perfeccionista em sua vida e moderar um pouco e assim continuar fazendo o que gosta mas sem largar mão da felicidade e da boa conviência com os demais!
Tem um capítulo chamado "Mantendo as aparências" e eu vou dedicá-lo à minha querida amiga Juliana, que acabou de ter um neném lindinho e está com a família completinha agora, bom, quer dizer, daqui uns tempos pode vir mais neném pra completar maisss ainda... hehe, então vamos lá... é meio tragicômico este capítulo:
" Sábado. Um dia para dormir até mais tarde. Dar um tempo. Relaxar. Ficar de pijamas até meio-dia...e daí se as crianças ficarem assistindo desenho durante horas? Toda sua família merece pelo menos uma manhã por semana, na qual não tenham de acordar cedo e sair correndo.
Mmm...já estava quase me esquecendo de como é gostoso descansar, deixar os detalhes para lá e deixar-se levar. O controle remoto da televisão está em minhas mãos e acabo de achar um de meus filmes antigos prediletos que acabou de começar. A tensão se esvai minuto a minuto...a vida é boa!
Opa! O telefone toca. Antes que possa dizer: "- Deixa a secretária eletrônica atender", meu filho mais novo pega o telefone. Relutando em deixar meu cantinho aconchegante do sofá, ouço um dos lados da conversa e oro para que seja a vovó.
- Alô.
- O quê?
- É !
- Bem!
- O quê?
- É !
- Tchau!
ATENÇÃO: A história, a partir desse ponto dá uma violenta reviravolta e admito que é sobre minha família que estou escrevendo. Se você possui um estômago sensível, um coração fraco ou as pernas bambas, não leia o resto deste capítulo sem a autorização de seu médico.


E DEPOIS TUDO VIROU DE CABEÇA PRA BAIXO
- Andrew! - gritei para a cozinha. - Quem era ao telefone? Era a vovó ou a Mimi?
Me levanto arrastando-me e vou até a cozinha (a vida é dura!)
- Com quem você estava falando e o que a pessoa disse? Era um homem ? - indaguei.
-Não. Era uma moça.
Perguntei mais uma vez quem era ao telefone, enquanto meus filhos brigavam na cozinha, tentando fazer biscoitos sozinhos. Com um pesado sotaque de massa de biscoito, Andrew disse:
- Era uma moça que disse que estava vindo para cá.
Segurei-o pelos ombros e olhei em seus olhos, evitando que minha voz tremesse de pânico.
- Vindo para onde? Para cá?
- É - respondeu-me calmamente.
- Isso é muito importante, Andrew. Qual o nome dessa moça.
- Eu não lembro.
- Andrew, diz para mamãe quem estava ao telefone. Era alguém que você conhece? Um dos nossos vizinhos? Alguém da igreja?
Garotinhos de 4 anos de idade e até mesmo homens crescidos, que sabem que possuem uma informação valiosa, ficarão, ao serem confrontados por uma ou mais mulheres, temporariamente surdos, mudos ou com amnésia. Isso ocorre devido a um gene que só os machos da nossa espécie possuem, o qual funciona como um mecanismo de defesa. Além de lhes fornecer um pouco mais de tempo para pensar nas possíveis consequências de suas diversas respostas, inclusive aquela que é realmente verdadeira, esse gene também os faz ficar temporariamente no controle da situação.
Deixando meu filho de lado e voltando-me para Elizabeth (minha filha maior), eu disse:
- Talvez, no fim das contas fosse apenas a Mimi.
- Era uma moça chamada Ângela! - gritou meu filho, jogando chocolate granulado na minha orelha.
-Ângela!?!?! - meu coração pulou e, logo a seguir, disparou.
- Neal !!! - berrei.
Meu marido, sentindo o desespero da minha voz, subiu correndo as escadas do porão para a cozinha.
- Quem se machucou? - indagou ofegante.
- Ninguém, ainda, mas Ângela está vindo para cá. Andrew atendeu a ligação e não sei como entrar em contato para impedi-la!
Como era bom ter um homem ao lado em situações de emergência. Neal teclou aqueles números mágicos que ligam de volta para a pessoa que acabou de ligar. A voz do outro lado da linha disse que Ângela estava na cidade para um reunião, acabara de sair, mas que planejava passar em vários lugares antes da nossa casa. Talvez tivéssemos uma hora para nos prepararmos paara uma visita surpresa de uma das pessoas mais intimidantes que conhecia.
Meu caminho raramente se cruzava com o de Ângela, mas quando isso acontecia, sempre me sentia deslocada. E agora, ela vinha para minha casa.
Daremos uma rápida olhada em meus pensamentos, durante aquele momento crítico:
Pensamento número 1: "A culpa é do meu corpo, por estar cansado e me deixar nesta situação. Eu sabia que devia ter ficado acordada a noite toda, limpando a casa para uma possível visita surpresa. Esta foi a última vez que relaxei em um fim de semana!".
Pensamento número 2: "A culpa é da Ângela, pois ela é uma esnobe crítica e sem consideração. Ela aparecerá toda emperiquitada, mas espera me pegar desarrumada, exatamente para se sentir superior."
Pensamento número 3: " A culpa é das crianças, pois fizeram uma grande bagunça na minha cozinha...na minha casa...na minha vida!"
Pensamento número 4: "A culpa é do meu marido, por ter nascido inteligente, bonito e amável, em vez de rico, cheio de dinheiro. Pois, se fosse assim, eu poderia arcar com um decorador profissional e uma empregada de tempo integral."
Pensamento número 5: "É tudo culpa de Deus, por me impor esses fardos que me impedem de ter uma vida perfeita."
Nós, mulheres perfeccionistas, sempre nos destacamos em meio às crises. Inspeções de surpresa fazem aflorar o melhor de nós e começamos a dar ordens.
Para a primeira criança: "Você: recolha os pratos e limpe esta cozinha.
Para a segunda criança: "Você: junte todo esse jornal e leve o lixo para fora. Mas primeiro troque o pijama do homem-aranha".
Para o marido: "Corra até o armazém e compre alguns biscoitos naturais e café de primeira qualidade". (Reparando em seu olhar atravessado, emendei: "Por favor. Você me faz essa gentileza?).
Para si mesma, enquanto passa o aspirador de pó: " Como é bom estar no controle novamente!".
Controle? Controle de quê? Controle da minha imagem. Naquele instante, por um minuto, minha autoproclamada imagem de potência doméstica ficou por um fio. Ao impingir a mim e a minha família uma atividade frenética, consegui o seguinte:
1. Desisti de um sábado relaxante, extremamente necessário, além de impedir que minha família desfrutasse desse descanso.
2. Deixei claro para minha família que nossa forma de ser não era boa o suficiente.
3. Passei a mensagem de que a aceitação baseia-se na aparência.
4. Deixei implícito que vivemos de um jeito na intimidade e de outro em público.
Certamente, não há nada de errado em querer aparecer bem vestida no trabalho, em eventos sociais e locais públicos, assim como em querer se preparar para lidar com expectativas e tarefas razoáveis. Em vez de admitirmos nossas limitações (sejam elas temporárias ou definitivas), e assim, perdermos prestígio (um equívoco nosso) diante dos demais, nos privamos do sono, de refeições balanceadas, do convívio social, de intervalos regulares e, até mesmo, da merecida recompensa que vem no final. Nos esforçamos até a exaustão, até o ponto de ficarmos totalmente esgotadas, em vez de demonstrarmos nossos momentos de imperfeições ou até mesmo nossas imperfeições que não são apenas momentâneas. Simples expressões como "Não estou preparada", "Não consigo fazer isso" ou "Preciso de ajuda" não fazem parte de nosso repertório (mas deveriam fazer).
Se você é perfeccionista (e todas nós temos um pouco de perfeccionismo em alguma área da vida) , invariavelmente, você também é um administrador de impressões, ou seja, simplesmente não pode se arriscar a perder a aprovação, a aceitação ou a admiração das outras pessoas...

2 comentários:

  1. Muito legal amiga!
    Como vc gosta de digitar! :)

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  2. :D hahaha pois é..mas é rapidinho :) eu gosto mesmo de ler, escrever, digitar...bah tudo um pouco :D
    ainda mais que é pra compartilhar com vcs :D

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